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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

No RN, 2,8 mil famílias voltam ao Bolsa Família!

Atualmente, 324 mil famílias recebem recursos do Bolsa Família no Rio Grande do Norte. Em julho passado, as transferências federais para os cadastrados somaram R$ 57,7 milhões.
A crise econômica que desencadeou o aumento no número de desempregados no Rio Grande do Norte levou mais famílias a recorrerem ao Programa Bolsa Família. De 2012 a 2016, foram cadastradas 32.260 novos beneficiados. A maior parte deles, 11.515, retornou aos cadastros do benefício no ano passado, quando o Estado registrou, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) a maior incidência de desocupados desde 2012, que foi de 14,7%. Este ano, 2.850 famílias já retornaram no programa.

"A crise provocou uma grande onda de desemprego no país todo e também no Rio Grande do Norte. Isso contribuiu para a ampliação pela procura do benefício, com a inscrição de mais famílias no Cadastro Único para a transferência direta de recursos que é o Programa Bolsa Família", analisou o coordenador estadual do Programa Bolsa Família e Cadastro Único, Jairo Maia, da Secretaria de Estado do Trabalho e da Assitência Social (Sethas/RN).

Ele destacou que, apesar do desemprego registrado no estado ter contribuído para o retorno das famílias ao recebimento do benefício, que gira em torno de R$ 178, há também o fato do próprio Governo Federal excluir muitas delas por problemas no cadastro e paga checagem de informações sociais. "Outros fatores também contribuíram para esse número maior no ano passado. Há um controle maior dos beneficiados, que ficam bloqueados por averiguação de regularidade cadastral", disse. Jairo Maia exemplificou que, no ato do cadastro, algumas famílias negam ter renda fixa e, quando a análise dos dados informados é feita, constata-se que tratam-se de beneficiados em outros programas e até pessoas com inscrição como microempresários.

Em novembro do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) expediu recomendações a todas as prefeituras do Rio Grande do Norte para que realizem visitas domiciliares a 24.607 beneficiários do programa Bolsa Família, suspeitos de não cumprir os requisitos econômicos estabelecidos pelo Governo Federal para recebimento do benefício. A ação é fruto do Projeto Raio-X Bolsa Família, atuação coordenada pelas Câmaras Criminais e de Combate à Corrupção do MPF de todo o país.

A lista de suspeitos inclui empresários (9.452), servidores públicos de famílias com até quatro pessoas (15.233), falecidos (167), beneficiários que doaram para as campanhas valores acima dos próprios benefícios (129) e servidores públicos que doaram para campanhas eleitorais (179)*. Eles receberam, de 2013 até maio de 2016, um total de R$ 88,5 milhões em benefícios. No Rio Grande do Norte, esses 24 mil suspeitos representam 4,68% do total de beneficiários (525.987).

Os municípios potiguares que apresentaram maior percentual de perfis suspeitos entre os beneficiários foram Guamaré (13,44%), São Bento do Norte (12,11%), Francisco Dantas (11,77%), Jandaíra (10,35%) e Taboleiro Grande (9,21%). Já aqueles com menor percentual de suspeitos são José da Penha (0,74%), Major Sales (0,96%), João Dias (1,20%), Cerro Corá (1,24%) e Portalegre (1,41%). Na capital, Natal, há 2.370 suspeitos, representando 2,91% do total.

Números

De volta ao Bolsa Família

Em cinco anos, de 2012 a 2016, 32.260 famílias voltaram ao Programa Bolsa Família. A crise econômica que devastou empregos em todo o país e deixou o Rio Grande do Norte entre os estados com as maiores taxas de desocupados em 2017, contribuiu para o caso. Veja a evolução dos números.

2012 4.602 famílias

2013 4.643 famílias

2014 2.561 famílias

2015 8.939 famílias

2016 11.515 famílias

2017* 2.850 famílias

*Até junho.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento Social e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fonte: Tribuna do Norte

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