Vivi, que já foi garota de
programa, hoje atua junto à Igreja Batista perto de Nagoya
Quem se recorda de Viviane Brunieri? Na
década de 1990, ela namorou Ronaldo Fenômeno e, de posse do seu mais valioso
troféu, conquistou com menos de 20 anos de idade tudo o que havia aspirado para
sua vida. Eram tantos flashes, presenças em programas de TV, eventos badalados
e viagens pelo mundo que nem o fim do relacionamento abalou seu mundo de
sonhos. Afinal, ela já era conhecida como a Vivi Ronaldinha.
Há dois anos e meio morando com os dois
filhos em uma cidade próxima de Nagoya, no Japão, a loira conversou com a
reportagem do Uol por telefone sobre seu atual estilo de vida e do rompimento
com um passado nem tão distante.
De bem com o que viveu no passado, hoje ela
atua junto à Igreja Batista Renovada como colaboradora do projeto social “Eu
Amo o Japão, Eu Amo os Japoneses”, fundado pelo pastor Gilson Almeida, da
Igreja Assembleia de Deus, que ajuda, com evangelização e nas necessidades
básicas, moradores de rua de uma estação de metrô.
Após se converter, Vivi se formou em
teologia, começou a pregar e, como missionária, passou a dar seu testemunho por
igrejas evangélicas.
Ida ao Japão
Nascida em Peruíbe, litoral de São Paulo, ela
viajou pela primeira vez à terra do sol nascente na adolescência, em busca de
um reencontro com a mãe, que lá vivia desde o divórcio de seu pai e com quem
tinha perdido contato.
Lá, descobriu uma realidade bem diferente do
que esperava encontrar: “Decidi que queria ter essa ligação novamente com a
minha mãe, já que não tive ela comigo em momentos importantes como quando
fiquei mocinha. Quando perdi minha virgindade, não pude contar com ninguém.
Ficou aquela lacuna… Mas me deparei com outra realidade. Ela trabalhava na
noite e eu, aos 16, acabei indo pelo mesmo caminho porque queria ajudar mesmo
ela sendo contra”.
Quando conheceu Ronaldo
Antes de completar 20 anos, Vivi resolveu
parar de se prostituir. De volta ao Brasil, conheceu Ronaldinho Fenômeno em um
flat na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Ela conta que não tinha
a menor ideia de quem era o camisa 9 da Seleção: “O meu irmão, que estava no
hotel comigo, falou ‘Meu, é o Ronaldo! Ele vai ser o novo Pelé. É a maior
promessa do futebol’. Acendeu aquela luz. Na hora só me lembrava da Xuxa,
Adriane Galisteu [que namoraram atletas famosos]. Eu queria de qualquer jeito
entrar no mundo artístico e vi que era uma oportunidade de sair da noite sem
deixar de ter o mesmo padrão financeiro que eu já tinha. Esse era o caminho
mais rápido”, afirma.
O namoro progrediu rapidamente e se tornou
público em maio de 1996 no programa da Hebe, no SBT: “Quando a câmera focou em
mim, pensei, ‘era isso que eu precisava’”. Sincera, Vivi frisou, porém, que
nunca chegou a amar o jogador brasileiro. “Eu nunca o amei. Eu me apaixonei
pela pessoa que ele era e pela circunstância. Ronaldo era divertidíssimo e
dealto astral. Ele era apaixonante. E estava no auge, no melhor momento da
carreira, assinando um contrato milionário. As coisas aconteciam. Era tudo o
que eu tinha sonhado”, confessou.
Em outra entrevista, desta vez ao G1, Viviane
detalhou quando a relação chegou ao fim (tendo durado apenas 10 meses). “Eu fui
morar com ele na Holanda. Nós estávamos bem, eu estava renovando o meu
passaporte para ir para a Olimpíada de Atlanta com ele. Mas eu queria voltar
para o Japão, precisava fechar a casa noturna e resolver um monte de coisas,
acabar aquela vida. Os empresários dele começaram a pressionar, queriam saber
como uma menina tão nova tinha relógio rolex, apartamento duplex e carro
importado. O Ronaldo achava que eu era modelo, que o dinheiro vinha desse
trabalho. Um dia, bebendo, eu falei tudo para ele, da casa noturna, do
relacionamento com outra mulher, e foi aí o término”, lembrou.
Fonte: Notícias ao Minuto
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