Dison Lisboa cumpre pena em regime
semiaberto. Ele é o primeiro deputado na história da AL a usar tornozeleira
eletrônica no exercício da função.
Após cumprimento de mandado de prisão, o
deputado estadual Dison Lisboa, condenado a cinco anos e oito meses e que
cumpre pena no regime semiaberto, está de volta às atividades na Assembleia
Legislativa. Nesta quarta-feira (12), ele falou pela primeira vez sobre
trabalhar na casa legislativa usando uma tornozeleira eletrônica. "Há um
constrangimento, é natural, não vou negar. Mas estou tranquilo e confiando na
Justiça", disse o parlamentar, em entrevista à Inter TV Cabugi.
A condenação do deputado Dison é por
apropriação de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em proveito próprio ou
alheio, quando era prefeito de Goianinha. Ele chegou a ser preso no dia 1º de
julho, ficando detido no quartel do Comando Geral da Polícia Militar para
cumprimento da sentença, mas recebeu tornozeleira eletrônica e deixou a unidade
no dia 4.
Essa é a primeira vez na história que um
preso condenado no regime semiaberto e usando tornozeleira eletrônica exerce
mandato na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. "Não posso dizer
que é um momento fácil, mas estou muito tranquilo, com a consciência tranquila
e acreditando na Justiça", comentou.
O parlamentar também se defendeu das
acusações que lhe renderam a condenação. Ele alega que os recursos da feira de
Goianinha eram registrados e contabilizados pela Prefeitura, sendo usados para
pagamentos de coordenadores, fiscais, agentes de trânsitos e atendimento aos
feirantes, bem como para manutenção dos serviços e também eram transformados em
ajuda a pessoas carentes, para pagamentos de contas de água, luz, gás e
aluguéis sociais.
"Tudo era acompanhado por assistentes
sociais que comprovavam que aquelas pessoas precisavam receber os
recursos", afirma.
Líder do governo
Dison Lisboa falou ainda sobre a atividade
que exerce de líder do governo na Assembleia Legislativa. De acordo com ele, o
governador Robinson Faria sinalizou que prentende mantê-lo na função.
"Desde que fui convidado, eu já havia
externado ao governador minha opinião de que é importante um rodízio, mas ele
tem dito que confia no meu trabalho".
O parlamentar foi questionado sobre uma ação
interposta pelo major da Polícia Militar André Luis Fernandes, que é suplente
na vaga de deputado e pediu à Justiça o afastamento de Dison das funções políticas.
"Não tem legitimidade, porque ele não é mais do partido, não faz mais
parte da coligação. Estou aqui tranquilo, fazendo meu trabalho, fazendo aquilo
que o povo me deu legitimidade para fazer", completou.
G1RN
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