Corpos foram levados a quartel da PM;
identificação começa na segunda. Rebelião na Penitenciária de Alcaçuz durou
cerca de 14h.
Vinte e seis presos morreram na rebelião da
Penitenciária de Alcaçuz que já é a mais violenta da história do Rio Grande do
Norte. Quase todos foram decapitados. O motim começou na tarde de sábado (14) e
terminou 14h depois já na manhã deste domingo (15).
Mais cedo, havia sido divulgado que 27 presos
morreram, mas, segundo o secretário de Segurança Pública, Caio Bezerra, um
deles foi computado duas vezes por que alguns corpos foram esquartejados e dois
foram carbonizados.
O secretário disse ainda, em coletiva na
noite de domingo, que haverá reforço nas guaritas e nos arredores do presídio
durante a noite para evitar fugas, e que na segunda-feira será realizada uma
nova revista na unidade para buscar armas brancas ou de fogo. Neste domingo
foram encontradas armas de fogo artesanais, segundo ele.
O secretário de Justiça, Wallber Virgolino,
disse que os líderes identificados estão isolados dentro da unidade prisional e
que ele espera que na segunda seja feita a transferência de presos para outras
unidades no próprio estado. O objetivo é separar duas facções: Sindicato do
Crime e PCC. Ele classificou o local como "cenário de barbárie".
Ele respondeu ainda sobre boatos de que
haveria mais corpos em fossas do presídio, e disse que na segunda-feira haverá
uma nova busca. Virgolino afirmou não descartar a possibilidade, mas que não
acredita que ela se confirme.
Os corpos foram levados para o Instituto de
Técnico-Científico de Polícia (Itep) para que seja feita a identificação, mas,
por questões de segurança, seguiram de lá até o quartel da PM. Um caminhão
frigorífico foi alugado para armazenar os corpos enquanto não acontece a
liberação para os sepultamentos. Além disso, legistas do Ceará e da Paraíba
foram deslocados para ajudar no trabalho de identificação. Alguns presos, além
de decapitados, também foram esquartejados.
A identificação dos corpos deve acontecer a
partir da manhã de segunda-feira. Nenhum dos mortos foi identificado por
enquanto.
G1RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário