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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Desmentido...“Eu não autorizei negociação nenhuma”, garante Robinson Faria!

Governador disse que prova de que não negociou são os ataques e incêndios que Natal e cidades do interior vêm sofrendo nas últimas horas.
O governador Robinson Faria (PSD) confirmou que não autorizou qualquer negociação com os presos da facções do PCC e do Sindicato do Crime, que neste momento estão lutando entre si em Alcaçuz. Robinson deu os ataques e incêndios que Natal e cidades potiguares vêm sofrendo nas últimas horas como prova de que o Sindicato do Crime está lhe retaliando justamente por não negociar com eles.

“Eu tomei decisões para não nos rendermos às ameaças das facções. O PCC me ameaçou. Disse que se eu deslocasse os seis líderes do grupo, tocariam fogo na cidade, mas eu não recuei. O Sindicato disse que se eu fizesse a separação, eles iriam retaliar e eu não aceitei isso; fiz a separação, desloquei líderes do grupo para outros presídios. A prova de que eu não negociei com eles esta aí, saíram colocando fogo na cidade. Eu não negocio e vou demitir qualquer secretário meu que negociar com eles; isso seria me contrariar”, afirmou, em entrevista concedida a Globonews.

Ele ainda explicou sua declaração anterior, quando havia dito à imprensa que a situação em Alcaçuz estava sob controle, logo antes dos conflitos se consolidarem. “Eu não errei em nenhuma resposta na entrevista que dei. Naquele momento, dentro da crise que estamos vivendo, estávamos sob controles. Eu quis dizer que havia parado a rebelião, não havia mais brigas entre facções… Não era exatamente um momento de paz, mas de um certo controle das forças policiais estaduais”, disse.

Robinson também justificou porque as forças policiais não agiram de imediato quando a rebelião começou em Alcaçuz. “No sábado, quando começou a rebelião, cortaram a energia de Alcaçuz. Os presos estavam armados; como as armas chegaram lá? Tem que ser investigado. Se foram agentes ou policiais que facilitaram ou fizeram concessão ao membro do PCC, temos que ver. O integrante do PCC ficava numa ala de segurança máxima, mas ele conseguiu inexplicavelmente sair de sua ala para enfrentar o Sindicato. Naquela ocasião era de noite e se eu ordenasse a polícia entrar, poderia ser um ‘Carandiru 2’. A polícia ia entrar no escuro e encontrar membros do PCC armados, violentos que deceparam cabeças – uma coisa medieval que nunca vi antes. Esperamos deixar o dia amanhecer, a polícia entrou e conseguiu pacificar”, concluiu.

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