A
Secretaria de Estado da Saúde Pública realizou, na manhã desta
quarta-feira (01), no Hotel Praia Mar, em Ponta Negra, o Fórum Estadual sobre
Controle e Prevenção da Dengue e Inovação Tecnológica, em parceria com a
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
O
objetivo foi apresentar a situação da dengue no estado aos municípios e ofertar
um espaço de discussão sobre o tema, além de sensibilizar os gestores
municipais para adesão ao projeto do Observatório da Dengue, desenvolvido por
professores e alunos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Presente
na abertura do evento, o Secretário de Estado da Saúde Pública, Ricardo
Lagreca, falou da importância da união de esforços para controlar essa doença
evitável.
“O
apoio da Sesap aos municípios é irrestrito, mas nós também precisamos que todos
se inteirem do assunto e assumam suas responsabilidades nesse processo.
Precisamos nos associar e ser colaborativos, num envolvimento maciço para tratar
a origem do problema, que são os ovos do mosquito”, frisou o secretário.
O
Rio Grande do Norte vive uma epidemia de dengue, decretada no último dia 27 de
março pelo secretário estadual de saúde.
A
medida foi tomada com base no Diagrama de Controle da Dengue, ferramenta que
identifica a situação de epidemia de acordo com o comparativo de anos
anteriores que não foram epidêmicos. A última epidemia de dengue decretada no
Rio Grande do Norte havia sido em 2008.
Em
2015, até o último dia 28 de março, foram notificados 7.530 casos suspeitos de
dengue, o que representa um aumento de 220,84% em comparação ao mesmo período
do ano passado, quando houve 2.347 casos notificados.
Até
o momento, houve 774 confirmações da doença. Foram notificados sete óbitos
suspeitos, com a confirmação laboratorial de apenas um óbito pela doença, até o
momento.
A
subcoordenadora de vigilância epidemiológica da Sesap, Stella Leal, solicitou
aos municípios que intensifiquem o processo de inserção das notificações nos
sistemas nacionais de cadastramento online, já que 41 cidades do estado estão
em situação “silenciosa”, ou seja, ainda não apresentaram nenhuma notificação
de caso suspeito de dengue este ano. Stella também reforçou o apoio do
Ministério da Saúde no combate a doença.
“Este
ano o Ministério da Saúde já enviou para todos os municípios um recurso
financeiro de 12% sobre o piso fixo da Vigilância em Saúde, de acordo com a
Portaria 2.757, para ações de controle da dengue. Além de também disponibilizar
manuais com diretrizes para organização dos serviços de saúde e prevenção e um
aplicativo para celular, o UNA SUS Dengue, para ser utilizado pelos
profissionais de saúde com orientações para o correto manejo dos pacientes com
dengue”, destacou a subcoordenadora.
O
coordenador do Laboratório de Inovação e Tecnologia em Saúde (LAIS) da UFRN,
Ricardo Valentim, explicou o funcionamento do Observatório da Dengue e frisou
que a adesão dos municípios ao projeto não exige nenhuma contrapartida
financeira.
A
ferramenta, desenvolvida através do Telessaúde Brasil Redes/Governo Federal,
funciona basicamente com dois módulos: um para ser utilizado pelos agentes de
endemias – promovendo redução de custos com formulários e economia de tempo na
disponibilização dos dados estatísticos -
e outro módulo para ser utilizado pela população com denúncias on-line
dos focos do mosquito da dengue ou de pessoas infectadas com a doença.
A
ferramenta já está sendo utilizada em Natal, e para fazer denúncias, basta
acessar: www.telessaude.ufrn.br/observatoriodadengue.
“Esse
esforço coletivo no combate a dengue é extremamente produtivo. A UFRN gera
conhecimento e a Sesap faz com que esse conhecimento se torne algo operacional.
O Observatório da Dengue vai consubstanciar as decisões dos gestores, ou seja,
vai dar subsídios para que decisões efetivas sejam tomadas no combate a
dengue”, disse Ricardo Valentim.
Estiveram
presentes no Fórum cerca de 250 participantes, entre secretários municipais de
Saúde, Conselho dos Secretários Municipais de Saúde (COSEMS), Federação dos
Municípios do RN (FEMURN), Conselho Estadual de Saúde (CES) e Unidades
Regionais de Saúde Pública (URSAPs).
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