Dos 824 convocados que se submeteram aos
exames, 666 foram considerados inaptos.
A Comissão de Saúde, presidida pelo deputado
Álvaro Dias do PMDB, em reunião extraordinária realizada nesta quarta
feira (8) decidiu convidar o coordenador médico do concurso da Polícia Militar,
tenente coronel Silvério, para dar explicações à Comissão sobre a reprovação em
massa dos últimos convocados para os exames médicos.
“Vamos fazer uma nova reunião extraordinária para
esta quinta feira (9) para elucidarmos o que realmente aconteceu. Essa Comissão
e a sociedade precisam de explicações. Precisamos saber do tenente coronel
Silvério quais foram os critérios adotados para as avaliações”, disse Álvaro
Dias.
Dos 824 convocados que se submeteram aos
exames Clínico, Psiquiátrico e Psicoteste, 666 foram considerados inaptos e
apenas 159 foram aprovados. O deputado Albert Dickson (PROS), integrante da
Comissão de Saúde, que também participou da reunião, que contou ainda com uma
representação dos concursados, também estranhou o alto índice de reprovação.
“É muito estranho esse índice de reprovação
de quase 80% dos que se submeteram aos exames. De acordo com os representantes
da comissão dos concursados, não fora feita nenhuma observação sobre os motivos
da reprovação”, afirmou Dickson.
Nesta fase, foram realizados exames médicos e
psicológicos. Os candidatos foram divididos por regiões. Além de Natal,
aconteceram exames para Nova Cruz, Assu, Caicó e Mossoró.
No caso de Assu, dos quatro candidatos que
prestaram o exame, todos foram reprovados. Em Nova Cruz foram 37 candidatos,
com apenas um considerado apto. Dos 725 que prestaram os exames em Natal, só
124 foram considerados aprovados.
A convocação dos 824 aprovados no concurso da
Polícia Militar só ocorreu após uma determinação do Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Norte, no dia 23 de outubro do ano passado. Se todos fossem considerados
aptos, o número seria o equivalente a 17,9% do déficit existente na corporação
(que chega hoje a 4.585), com base no número de 13.466 policiais previsto em
lei para o RN.
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