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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Estudante potiguar conta como conseguiu nota 1.000 na redação do Enem. Conheça a história dela!

Curiosa e “viciada” em saber sempre mais. É desta forma que se mostra a estudante Eligézia Justina de Almeida Castro. Aos 18 anos, a aluna do Colégio Nossa Senhora dos Prazeres, em Goianinha, é uma dos 250 candidatos que atingiram a nota máxima na redação do Exame Nacional do Ensino Médio - dos 6.193.565 que realizaram as provas em todo o país. Além dela, outros dois estudantes do Rio Grande do Norte, da rede privada de ensino em Natal, alcançaram também os 1.000 pontos na redação.
Filha única de professora da rede pública e moradora de Canguaretama, cidade distante 70 quilômetros de Natal, ela conta que sempre se espelhou na mãe que “estimulava e se sacrificava para dar a melhor educação” e desde pequena gostava de “brincar” de aprender. Além da jornada na escola, boa parte do tempo livre é dedicado aos livros.

“Eu sempre tive uma sede inesgotável de saber  mais. Já cheguei a fazer terapia para saber organizar melhor o meu tempo, porque eu só queria estudar. Mas não sou Nerd ou outro rótulo pesado do tipo, sou somente esforçada”, se define com um riso humilde.

O histórico escolar é testemunha. Desde o ensino infantil está entre os primeiros da sala. No 1º ano do ensino médio, quando “estreou”  o teste do Enem, conseguiu a nota mais alta entre os alunos de todo o ensino médio do Colégio em que estuda. Em 2013, fez 700 na redação. “Mas não esperava a nota máxima agora”, revela.

O desejo de entrar para uma Universidade Pública sempre esteve entre os sonhos dela, mas nunca tão próximo como agora.  Resta decidir o curso a seguir. Com a pontuação na redação e média geral de 682,25, a opção para Psicologia disputa a preferência com o curso de Nutrição.

O novo sistema de seleção adotado para acesso às Universidades brasileiras, o Sisu, permite a escolha de cursos e instituições a partir da nota obtida no Enem. Certo mesmo está a escolha pela UFRN. Diferente de outros estudantes do interior que buscam estudar em Natal ou outros estados, Eligézia diz não ter vontade de mudar o endereço. “Não tive vontade de fazer o ensino médio fora, também não quero uma faculdade longe. Podemos fazer algo bem feito onde estamos”, afirma.

Sobre “Publicidade Infantil”, tema da redação do Enem 2014, ela conta que o assunto chegou a ser tratado em sala de aula, mas de forma mais fragmentada, e por estar no cotidiano, além de  jornais, televisão e revistas não sentiu dificuldade. E  sentencia: mais importante que conhecer o tema, é ter o domínio da estrutura de redação.“Saber como se faz uma redação, estruturalmente falando, faz com que qualquer tema seja melhor apresentado e aumenta a capacidade de argumentação”, analisa.

Para o exame, além de aulas de segunda a sábado na escola da cidade vizinha a que mora, pelo menos quatro horas diárias eram dedicadas a revisão e novas leituras. Muitos assuntos eram vistos antes mesmo de ser abordados em sala de aula. “Essa antecipação acho que me ajuda a assimilar melhor”, disse.

Com nota 1.000, Ana Luíza volta a concorrer em 2015
Estudantes que se inscrevem para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sem estar cursando o último ano do Ensino Médio esperam adquirir experiência, mas   o “teste” pode trazer boas surpresas. Como a estudante Ana Luiza Pinto, que cursa o 2º ano do ensino médio no CEI, da Romualdo Galvão, que também atingiu a nota 1.000 na redação deste ano do Enem. 
Aos 17 anos, Ana Luiza disse que sempre se dedicou às aulas de redação, mas não é uma leitora habitual. “Eu procuro sempre acompanhar as aulas e tenho me preparado bem, mas não tenho muito o hábito de ler. Vejo mais o que meus pais leem, acompanho noticiário quando posso. Eu pratico muito a redação na escola”, disse.

Apesar da nota máxima na redação, a estudante não vai buscar meios para ingressar em uma universidade este ano. Ana Luiza decidiu dedicar mais um ano para estar preparada para o Enem 2015, quando pretende concorrer a uma vaga no curso de Medicina.

Mesmo com a dedicação nos estudos, o resultado surpreendeu. “Todo mundo ficou muito feliz, até porque ninguém esperava, né? O pessoal da escola já me ligou também para parabenizar. Estou muito feliz”, disse Ana Luiza. A estudante irá intensificar os estudos com um curso isolado de Matemática para obter melhores resultados na área que reconhece menor domínio.


Tribuna do Norte

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